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“ELES ERAM MUITOS CAVALOS” NOS PALCOS DO RIO EM MONTAGEM DOCUMENTAL.  

Com adaptação e elenco do Coletivo dos Vagabundos sob a direção de Alexandre Lino o espetáculo mostra um dia na cidade de São Paulo entre a beleza e o caos.

Espetáculo cumpre curta temporada de 08 a 30 de abril, no Teatro Municipal Serrador no centro.

ELES ERAM MUITOS CAVALOS, primeira montagem do Coletivo dos Vagabundos, é uma livre adaptação para os palcos da obra homônima do escritor mineiro Luiz Ruffato.

O livro, que é considerado um dos mais importantes da literatura contemporânea brasileira, narra de forma fragmentada, um dia na cidade de São Paulo. A megalópole não se limita ao lugar comum da “selva de pedra”. São Paulo, a grande protagonista, se apresenta como um grande mosaico composto por gente de diferentes classes sociais e de todos os cantos do Brasil. O Coletivo é formado pelos atores Lucianna Magalhães, Mariz Garcez, Pablo Falcão e Valquíria Oliveira, que vivem diversas personagens e apostam num texto final colaborativo sob a direção artística do ator/diretor Alexandre Lino (Volúpia da Cegueira).

O livro ELES ERAM MUITOS CAVALOS publicado em 2001, recebeu o Troféu APCA e o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. É o primeiro romance de Luiz Ruffato, que no momento está nos cinemas com o filme Redemoinho. O longa é uma adaptação do seu livro “O Mundo Inimigo – Inferno Provisório Vol. II” que faz um eco com ELES ERAM MUITOS CAVALOS no que tange ao olhar para o movimento migratório, a questão do pertencimento e o resultado proveniente das escolhas.

Com uma perspectiva documental a montagem é uma investigação dos 69 fragmentos originais da obra homônima mantendo a sua estrutura não linear. O único ele entre eles é o fato de todas as narrativas ocorrerem em um só dia na cidade de São Paulo. Assim como o romance, a peça é uma espécie de retrato, um tributo sobre a cidade de São Paulo. Um panorama sobre a beleza e o caos a que estão imersos esses diversos indivíduos que na multidão passam invisíveis, mas que tem histórias que ecoam no cinza imposto pelo concreto e potencializado pela opção do poder público. ELES ERAM MUITO CAVALOS ecoa também com o trabalho anterior do diretor Alexandre Lino. Se em “Volúpia da Cegueira” a peça falava de uma cegueira que ultrapassa os limites da fisicalidade, nessa nova investigação a cegueira é metáfora do individualismo e urgência a qual nos é imposto o cotidiano para a sobrevivência nos grandes centros urbanos.

É a partir da pesquisa do Teatro Documentário que Lino realiza com a Documental Cia, em trabalhos como Domésticas, O Pastor, Nordestinos e Lady Christiny, que o convite do Coletivo dos Vagabundos se faz irrecusável. Nessa mesma investigação, que chama de Teatro do Pertencimento, que é conduzida a montagem de ELES ERAM MUITOS CAVALOS.

“O romance de Ruffato é repleto de poéticas que me fascinaram, mas traz um traço de crueza observacional, que é uma característica do texto documental que interessa ainda mais”, diz o diretor.  

O cenário de Pablo Falcão evocará a megalópole em cinco andaimes de obras que sugerem o sufocamento proporcionado pelos arranha-céus de São Paulo. Em tons de cinza, dialogando com o concreto armado, também é a opção da figurinista Karlla de Luca  para compor uma palheta que fala com a realidade atual de uma cidade que foi obrigada a esconder as cores de seus grafites.

IMPORTANTE: O autor Luiz Ruffato estará presente para uma das sessões em debate com o público após a apresentação.

FICHA TÉCNICA

Direção: Alexandre Lino

A partir da obra original de: Luiz Ruffato

Texto final: Coletivo dos Vagabundos

Elenco: Lucianna Magalhães, Mariz Garcez, Pablo Falcão e Valquíria Oliveira.

Direção Musical: Alexandre Elias

Iluminação: Renato Machado 

Figurinos: Karlla De Luca

Cenário: Pablo Falcão

Direção de Movimento e voz: Paula Feitosa 

Design Gráfico: Marcelo

Fotógrafo: Gerson Dias

Equipe de Produção: Alexandre Lino e Coletivo dos Vagabundos

Idealização e Realização: Coletivo dos Vagabundos
SERVIÇO:

Espetáculo: ELES ERAM MUITOS CAVALOS
Teatro Municipal Serrador

Endereço: Rua Senador Dantas, 13 – Centro

Informações: (21) 2220-5033

Capacidade: 280 lugares

Temporada de: 08 a 30 de abril

Dias e horários: de sexta a domingo, às 19h30

Ingressos R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Duração: 70 min

Classificação indicativa: 16 anos

Gênero: Documentário Cênico
Sobre o diretor – Alexandre Lino é ator, produtor e diretor. É Bacharel em Cinema pela UNESA, com especialização em Artes Cênicas. Foi ator, produtor e diretor de arte da Rede Record de Televisão entre 2007 e 2013.  Atualmente é contratado da Rede Globo e está no seriado A CARA DO PAI. Em 2012, por sua atuação em Domésticas foi indicado ao Prêmio Ítalo Rossi na quarta edição da FITA. Foi um dos fundadores da Resistência Cia. de Theatro, atuou na Artesanal Cia de Teatro e integrou a Cia de Ópera popular. Há cinco anos fundou a Documental.Cia que estreia seu sétimo espetáculo esse ano.

É protagonista do documentário cênico O Pastor, que figurou no ranking das melhores peças da revista Veja Rio, recebeu a chancela O Globo Indica e foi indicado ao prêmio Botequim Cultural, na categoria melhor Ator, Texto, Direção e Espetáculo. Também esteve na lista dos Destaques do Teatro Carioca de 2013, do crítico Daniel Schenker. Em 2015, idealizou o projeto transmidiático (peça, livro e filme) e atuou em Nordestinos, com direção de Tuca Andrada. Ambas as montagens continuam sendo apresentadas em diversas cidades brasileiras e Festivais.

Dirigiu o documentário Lady Christiny, que ganhou diversos prêmios em festivais de cinema no Brasil e participou de festivais internacionais. Dirigiu também os curtas-metragens Ensaio Chopin, Amor puro e Simplesmente e o clipe musical Tempo do tempo. Seu primeiro longa documentário Saudades Eternas foi um dos representantes brasileiros no 7º Festival Internacional de Luanda. Realizou a mostra Cacá Diegues – Cineasta do Brasil, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, em homenagem aos 50 anos de carreira do cineasta e que em 2017 acontece em São Paulo.  É sócio fundador da Cineteatro Produções, uma das mais profícuas produtoras do Rio de Janeiro, e foi membro do Colegiado da APTR.

Em 2016 estreou seu primeiro solo, Lady Christiny, a partir de documentário homônimo. O espetáculo recebeu as melhores críticas e figurou no ranking das melhores peças da revista Veja Rio. Também estreou como diretor de teatro com a peça Volúpia da Cegueira nesse mesmo ano com grande repercussão. A peça mistura atores cegos e videntes e convida o espectador a mergulhar no universo da cegueira e da sexualidade. Encerrando o ano trouxe a cena o musical Chica da Silva que foi indicado a diversos prêmios e se destacou entre as produções mais comentadas do ano.

Criou o curso Artista Empreendedor, onde ministra aulas em universidades do Rio e oferece workshops pelo Brasil. Com este curso, inaugurou junto com Roberto Bomtempo e Bosco Brasil a Escola de Artes de Campos dos Goytacazes. O método será lançado em livro no segundo semestre de 2017.
LUCIANNA MAGALHÃES

Carioca, tem 32 anos. É atriz, radialista, dubladora e produtora.

Graduada em Produção de Eventos pela Universidade Estácio de Sá e formada em artes cênicas pela ACE – Academia Contemporânea do Espetáculo (Porto/Portugal) e pela Escola Técnica Martins Penna(RJ) .

Tem experiência em Teatro, TV, Publicidade e Cinema.

Seus últimos trabalhos como atriz foram na novela Meu Pedacinho de Chão” (Rede Globo) com direção de Luiz Fernando Carvalho, onde integrou o elenco e interpretou a personagem portuguesa Quitéria. Também atuou no filme “Operações Especiais”, com direção de Tomás Portela.

No Teatro atuou nos espetáculos: “O Gato Branco” (direção de João Fonseca), “Serpente Verde Sabor Maçã” e “Bruxarias Urbanas” todos textos de Jô Bilac.

Como radialista é apresentadora do programa humorístico “Blábláblá do amor”, que está há quase sete anos no ar e é transmitido ao vivo pela Rádio Roquette Pinto FM.

Lucianna ainda protagoniza o longa “Fora de Expediente”, com direção de Sandra Pereira e produzido por Cavi Borges, que tem previsão de estreia para este ano.

 

MARIZ GARCEZ

Natural de Recife, Pernambuco, nascido em 21 de Junho de 1980. Estreou no teatro em 1999 com a peça “Cancão de fogo” de Jairo Lima. No TAP – Teatro de Amadores de Pernambuco, atuou na comédia “Você pode ser um assassino” de Alfonso Paso em 2000; no drama “Um piano á luz da lua” de Paulo César Coutinho da Cia. Teodora em 2003 entre outros trabalhos.  

Morando no Rio de Janeiro desde 2006, atuou em peças como “Dom Quixote de lugar nenhum” de Ruy Guerra em 2007. Na televisão atuou em “Esperança” de 2002, telenovela de Benedito Ruy Barbosa, entre outros trabalhos. No cinema, está no filme “A máquina” de João Falcão de 2006.

Há sete anos dedica-se ao trabalho de palhaço.
PABLO FALCÃO

Natural de Recife, o ator e produtor radicado no Rio de janeiro desde 1999, Produziu “O Sol e aLua”(2004)com direção de Cico Caseira no teatro Miguel Falabella, Festival Tápias (2004,2005)-Festival de dança, teatro, música e vídeo-dança no Teatro Nelson Rodrigues, Maremoto (2005) com direção de Flávio Souza; “A Frente Fria que a Chuva traz” Direção Caco Ciocler com o grupo Nós do Morro. Inauguração do espaço cultural Telemar(2006) “Superiores”(2006-2007) com o Grupo inanimados; indicados ao Prêmio Shell de 2007.“2 p/ Viagem”(2007) com Miguel Thiré e Mateus Solano.

Junto a Chaim Produções produziu ainda: “Camila Baker” com Daniel Boaventura, Danton Mello, Marcos Mion, Leonardo Brício e Otávio Muller; “Amo-te” com Daniele Winnits e Daniel Dantas; “Namoradinha do Brasil” com Suzana Vieira e Bárbara Borges; “Um Marido Ideal” com Herson Capri, Edwin Luisi, Jacqueline Laurence e Silvia Pfeifer; “Fica Comigo esta Noite” com Murilo Benício e Marisa Orth. E “Por uma vida um pouco menos ordinária” com Eduardo Moscovis.

Atuou e produziu “Limpe todo sangue antes que manche o carpete” (2008) de Jo bilac  e “O Gato Branco” (2011) também de Jô Bilac. Produção do programa “Tira onda” do Multishow (2008 – 2009), e ainda é o idealizador e produtor da festa “Chá da Alice” que há 7 anos percorre as principais capitais do país e já teve edições com Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Anitta, Ludmilla, Preta Gil e outros.

VALQUIRIA OLIVEIRA

Atriz e produtora cultural,  é formada pela Escola Estadual de Teatro Martins Penna.

Aos 35 anos tem experiência em teatro, produção e gestão de projetos. Seus últimos trabalhos como atriz foram:

Espetáculo “Entrevista com vândalo” texto inédito de Luiz Eduardo Soares sob a direção de Marcus Faustini, com os atores Marcio Vito e Ian Capilé, em cartaz no Teatro Sergio Porto em 2014.

Espetáculo  solo “Sofia e seus analistas” a partir do conto “Os desastres de Sofia” sob a direção de Celina Sodré, que estreou em 2012, circulando em espaços alternativos na cidade do Rio desde então. O trabalho participou da 2ª edição da versão inglesa do Home Theatre em Londres em 2015.

Em 2016 criou sob a direção de Marcus Faustini, a cena “Agora Sofre” a partir do romance “Um céu de estrelas” de Fernando Bonassi. O trabalho participou da Mostra Plataforma na 4ª edição do Home Theatre – Festival Internacional de cenas em casa no Rio de Janeiro. A cena seguirá em montagem no ano de 2016.

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Redação Rio Notícias

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