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O perigo dos microplásticos nos oceanos e o que podemos fazer para combater isso – AquaRio

O  AquaRio é mais do que um passeio agradável com a sua família. Por aqui, a gente também trabalha para o futuro do planeta! Somos, aliás, um dos aquários marinhos que mais faz pesquisa no mundo! Por isso, a equipe do blog do AquaRio de vez em quando gosta de passar por aqui para fazer alguns alertas importantes. O de hoje: você já ouviu falar dos microplásticos nos oceanos?

O que são microplásticos e como eles chegaram aos oceanos

Os microplásticos são pequenos fragmentos de plástico com menos de 5mm de diâmetro, que são liberados na natureza através do descarte inadequado de resíduos plásticos ou como resultado da degradação de materiais plásticos maiores. 

Estes pequenos fragmentos de plástico são extremamente prejudiciais aos oceanos e aos seus habitantes, causando graves impactos ecológicos e ambientais.

O impacto dos microplásticos na vida marinha e nos seres humanos

Estes pequenos pedacinhos de lixo não biodegradável podem ser ingeridos por animais marinhos que tanto curtimos ver por aqui no AquaRio, causando danos à saúde e até mesmo a morte. 

Além disso, eles podem ser transportados por correntes marinhas e acabar concentrados em locais específicos, como as famosas “ilhas de lixo” nos oceanos. Estes acúmulos de plástico afetam a biodiversidade marinha e podem ser perigosos para as cadeias alimentares.

Ilha de lixo
Correnteza forma ilhas de lixo nos oceanos (Foto: Charos Pix/Flickr)

Outro impacto dos microplásticos nos oceanos é a liberação de substâncias tóxicas que estão presentes no plástico, como os bisfenóis, que são conhecidos por afetar o sistema hormonal dos animais marinhos. Além disso, os microplásticos são usados como suporte para a proliferação de bactérias e algas, que podem causar danos ao meio ambiente marinho.

O impacto dos microplásticos nos oceanos é uma questão preocupante e requer ações urgentes para minimizar os danos. É importante que as pessoas sejam conscientizadas sobre a importância de descartar corretamente os resíduos plásticos e buscar alternativas ao uso excessivo deste material. 

Além disso, é preciso que haja uma regulamentação mais rigorosa sobre o uso de microplásticos em diversos setores da sociedade, como a indústria de cosméticos e de limpeza.

O que podemos fazer para combater a presença de microplásticos nos oceanos?

Em uma questão complexa como essa, nada acontece da noite para o dia. E se é verdade que há décadas a poluição tem aumentado, é também importante lembrar que a conscientização a partir de nosso comportamento diário pode nos garantir um futuro mais equilibrado. 

Mas será que tem alguma coisa que a gente possa fazer em casa, ou em nossa vida comum para evitar que os microplásticos se desprendam e poluam os oceanos? Preparamos algumas dicas:

  • Utilize garrafas reutilizáveis ao invés de garrafas descartáveis de plástico, especialmente quando visitar o aquário ou a praia;
  • Troque produtos de higiene pessoal que contenham microplásticos por opções mais sustentáveis, como escovas de dentes de bambu ou sabonetes líquidos sem microplásticos;
  • Escolha produtos de limpeza doméstica que não contenham microplásticos, como sabão em barra ou vinagre branco para limpar a casa;
  • Troque os produtos de limpeza do carro por opções livres de microplásticos, como esponjas de aço e panos de microfibra;
  • Evite fazer uso de produtos com esfoliantes microplásticos, como esfoliantes corporais ou de rosto;
  • Reduza o consumo de frutos do mar, especialmente aqueles que são conhecidos por estarem contaminados com microplásticos, como camarões e atum;
  • Utilize sacolas reutilizáveis ao invés de sacolas descartáveis de plástico, especialmente quando for fazer compras;
  • Dê preferência a produtos de limpeza biodegradáveis, especialmente quando for fazer compras para o aquário;
  • Fale sobre a importância de evitar microplásticos com amigos e familiares, e inspire-os a seguir estas dicas.

Conscientização e conservação na prática é no AquaRio

O AquaRio é um dos mais famosos aquários do mundo, e tem muito a oferecer para os visitantes que procuram entender mais sobre o ecossistema marinho. Localizado no Centro do Rio de Janeiro, na Zona Portuária, a instituição fundada em 2016 tem conseguido destaque mundial quando o assunto é estudos para a preservação da vida nos oceanos. De fato, é o segundo aquário mais produtivo em pesquisa científica do mundo, e o primeiro em publicações científicas por ano.

Polvo feito de material reciclado
Polvo de material reciclado em exposição no AquaRio (Foto: Monise Alves/AquaRio)

Este sucesso é resultado do investimento feito pelo AquaRio na área de pesquisa científica, que tem um impacto positivo para a sociedade brasileira e mundial. A gente se sente feliz por contribuir para o avanço da biologia marinha. Mais do que uma função, é a nossa responsabilidade perante à sociedade. Além disso, a equipe e os membros do conselho de pesquisa científica do IMAM/AquaRio também compartilham deste sentimento.

Quer ver dois exemplos na prática de técnicas de conscientização?

Educadores do AquaRio explicam para crianças o uso do bioglitter (Foto: Bruno Alves/AquaRio/2Barcos)

O carnaval é conhecido pelos momentos de descontração e folia. No entanto, há um vilão bem colorido que pode não passar despercebido pelo seu brilho, mas representa um perigo para os oceanos e a vida marinha.

O glitter convencional é microplástico em seu estado puro. O material, ao chegar a rede de esgoto pelo banho, é despejado no mar. Assim, pode ser consumido pelos animais, causando intoxicação e desequilíbrio na cadeia alimentar.

Pensando nisso, no carnaval de 2023, o AquaRio preparou um oficina de confecção de máscaras. E, como na folia do Rei Momo não pode faltar brilho, foi utilizado o bioglitter para dar aquele toque especial.

O bioglitter, como o nome sugere, utiliza material biodegradável. Ou seja, quando entra em contato com a natureza dispersa no ambiente, sem causar qualquer tipo de prejuízo para a biodiversidade que lá habita.

Além disso, uma outra atividade realizada no carnaval foi a confecção de fantasias utilizando material reciclado. Mostrando assim para os visitantes que o lixo pode virar luxo, como eternizado pelo mestre Joãozinho Trinta em “Ratos e urubus larguem minha fantasia” (Beija-Flor, 1989).

O AquaRio fica em uma região revitalizada, o Porto Maravilha. Fica a dica: passe parte de sua tarde no AquaRio ao conhecer a região central do Rio de Janeiro!

 Conheça o maior aquário marinho da América do Sul. Visite o AquaRio.


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Redação Rio Notícias

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