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Instituto Boto Cinza promove Turismo de Observação na Costa Verde

 

Atividade de base comunitária é considerada alternativa de renda para pescadores e pode reduzir mortalidade de golfinhos na região

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Já imaginou desfrutar das belezas naturais da Costa Verde na companhia de dezenas, ou até centenas de golfinhos? Sim, isso é possível e já é a sensação deste verão. Desde o fim de 2014 o Projeto Abrace o Boto-Cinza promove o Turismo de Observação de Botos-Cinza na Baía de Sepetiba. A região é considerada a que abriga a maior população da espécie em todo o mundo, algo em torno de mil animais.

Apesar do número expressivo, o boto-cinza é considerado uma das dez espécies de animais mais ameaçadas de extinção no estado do Rio de Janeiro. Recentemente, o mamífero também foi considerado “vulnerável” pelo Instituto Chico Mendes. Somente no ano passado, 64 botos-cinza morreram na região. Este número é dez vezes superior ao máximo permitido para a manutenção da espécie.

A interação negativa do boto-cinza com a pesca, sobretudo a pesca industrial, é, segundo os pesquisadores, a principal causa de morte dos golfinhos na Baía de Sepetiba. Por ser um mamífero, este animal necessita subir a superfície para respirar o oxigênio e se, por exemplo, ficar preso em uma rede de pesca, pode morrer afogado. A bióloga Kátia Silva, do Instituto Boto Cinza (IBC), ressalta que o aumento dos empreendimentos na Baía de Sepetiba está associado ao maior esforço pesqueiro e consequentes capturas acidentais.

Para reverter esse quadro, o Projeto Abrace o Boto-Cinza, realizado pelo Instituto Boto Cinza com o patrocínio da Petrobras, incentiva pescadores artesanais a utilizarem o turismo de base comunitária como alternativa de renda, atividade considerada pelos pesquisadores como sustentável. “A avistagem é uma forma crescente de turismo em todo o mundo. A prática incentiva mudanças de atitudes e gera benefícios econômicos às comunidades”, explica a bióloga.

COMO PARTICIPAR

O turismo de observação de botos-cinza é regulado pela lei n.º 832/2012 que declara o boto-cinza como patrimônio natural de Mangaratiba e estabelece uma série de regras para a execução da atividade. Somente pescadores capacitados pelo Instituto Boto Cinza e com licença dada pela Prefeitura podem realizar o passeio, que ocorre com agendamento prévio, por telefone ou via internet. No dia da saída, os participantes precisam comparecer, no horário  agendado, até a sede do Instituto Boto Cinza para receber informações sobre os procedimentos e regras do passeio.  Após esta etapa, os interessados são encaminhados ao Cais de Itacuruçá, onde embarcam no barco do “Condutor Amigo” – selo que comprova o que os condutores possuem licença para explorar a atividade.

As saídas ocorrem todos os dias, no período da manhã, e devem ser agendadas com antecedência mínima de 48 horas. O passeio custa R$ 40,00 por pessoa.  Interessados também podem comprar o passeio fechado (grupo máximo de 8 pessoas) por R$ 320,00.

O PASSEIO

O passeio tem duração média de uma hora, com  período de 20 minutos para observação dos botos-cinza, tempo máximo estabelecido pela lei municipal. No percurso até o local onde os botos costumam formar agregações o visitante pode contemplar um verdadeiro espetáculo da natureza com paisagens inesquecíveis.

 

SERVIÇO

Agendamento: (21) 7768-8325 e 7858-5072

E-mail:  [email protected]

Endereço do IBC: Rua Gastão de Carvalho, lote 2, quadra 4 – Brasilinha, Itacuruçá – Mangaratiba-RJ

Valor: R$ 320 por saída com até 8 pessoas (R$ 40 por pessoa)

Biólogo responsável: Leonardo Flach

Instituto Boto Cinza

www.institutobotocinza.org

(21) 7846-6364 

Mangaratiba, 22/01/2015

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Redação Rio Notícias

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