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Em Diários de Emergência Covid-19 brasileiros de todo mundo contam histórias de confinamento

A partir de rodas de leitura em 2013, surgiu o projeto de Miriane Peregrino, doutora em literatura pela UFRJ: um jornal literário o ‘Literatura Comunica!’ e graças a Pandemia a edição Diários de Emergência Covid-19. Com o objetivo de divulgar e discutir literatura de uma forma mais popular, a ideia do veículo foi tomando forma através de rodas de leitura em escolas públicas, bibliotecas e favelas do Rio. Miriane também levou a experiência para Angola e Moçambique, quando fez ‘doutorado sanduíche’ da UFRJ para a Universidade Agostinho.Se ia apresentar um trabalho num congresso em Recife, já ia procurando contatar espaços onde pudesse fazer uma roda de leitura. Foi assim que realizei as rodas de leitura em Mossoró (RN) e Palmares (PE), em 2016″ – conta ela que atualmente trabalha na Universität Mannheim, na Alemanha.
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Da crise à criatividade surgiu uma forma de extravasar: Diários de Emergência

Retornando ao Brasil foram produzidos dois números sobre os seis anos das rodas de leitura, com relatos de participantes das oficinas de literatura do Brasil, Angola e Moçambique. E quando a Dra. Miriana preparava nova edição do jornal colaborativo, sobre poesia falada, veio a Pandemia. Desta forma para ela ficou sem sentido publicar algo com saraus e slams cancelados. “Fazer um jornal que não vamos imprimir e circular como fizemos ano passado? Por algumas semanas, tudo pareceu perder a importância e o sentido” – se questionou.  Mas a paixão pela arte, pela literatura e pela cultura criaram uma espécie de resistência ao confinamento, não só para ela como para vários outros autores. Então graças a crise sanitária nasceu o projeto especial Diários de Emergência Covid-19 que traz narrativas divididas em três números: ‘Brasileiros no Exterior’; ‘Brasil, Norte a Sul’ e ‘Rio de Janeiro’. 

A literatura virou uma válvula de escape no confinamento

Então incentivando outras pessoas a escrever como estavam lidando com a Pandemia e o confinamento, Miriane Peregrino passou a receber relatos diários. Com tantos sentimentos no papel , segundo ela, muitos autores relatavam que acabou servindo como uma terapia. “Alguns retomaram o hábito de escrever cartas e falaram que os diários ajudavam a reduzir a ansiedade, como um processo terapêutico. Recebemos textos de brasileiros pelo mundo com histórias e vivências diferentes na pandemia” – conta . Sendo assim a primeira edição digital do Diários de Emergência Covid19 foi ‘Brasileiros no Exterior’, com textos de brasileiros em países como por exemplo Angola, EUA, Tailândia, Austrália, Portugal, Alemanha e Peru. O segundo ‘Brasil, Norte a Sul’ traz textos de todas as regiões do país. Já o terceiro ‘Rio de Janeiro’ narrativas de moradores de favelas cariocas como Maré, Cerro Corá e Vila Autódromo, mas também diários de moradores de Itaboraí, Maricá e Niterói.

Os diários estão disponíveis gratuitamente nas redes sociais Instagram e Facebook: @literaturacomunica, Twitter @literaturacomun  ou https://issuu.com/literaturacomunica/

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