Empreendedorismo

Empreender na crise, é possível?

Mulheres se aventuram no mundo dos negócios e dão dicas se como ter sucesso em meio à fragilidade econômica
É sim possível empreender na crise. Inclusive, um dos fatores provenientes para o aumento de MEIs (Microempreendedores Individuais) no Brasil, foi a crise econômica causada pela pandemia do Novo Coronavírus. Atualmente, são 11,7 milhões de microempreendedores espalhados pelo país, com as mais variadas temáticas possíveis de negócios.
Preocupada com a situação que grande parte da população está enfrentando, como o desemprego, que atingiu no último ano, 14,3 milhões de brasileiros, por exemplo, a empreendedora, Ana Karoline Andrade decidiu criar no início da quarentena, o grupo Filhas de Farani.

O intuito principal é gerar troca de experiências, motivar, além de ensinar novas formas de empreender e inovar para esse público, sendo também, um momento de recomeço na sua carreira profissional. “Tudo começou comigo, aqui na cidade de Altamira, no Pará, após aceitar um desafio online e criar um grupo com apenas cinco amigas em um aplicativo de conversa. Agora, após um ano que iniciamos, já temos embaixadoras em diferentes estados, como, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e outras regiões”, conta a empresária.

Mesmo em meio às porcentagens desfavoráveis, elas não desistiram e têm conseguido se sobressair ao momento delicado na economia do país. Numa pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que a pandemia da covid-19 reduziu a proporção de mulheres no empreendedorismo. De acordo com o levantamento, no terceiro trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, aproximadamente 8,6 milhões eram mulheres (33,6%) e 17 milhões, homens (66,4%).

Uma das embaixadoras do grupo, a advogada, Michele Moura, precisou se reinventar para continuar crescendo e ter lucro. Ela é sócia junto com o marido da rede de sorvetes Twist Milk Shake. “Com a pandemia, muitos planos foram prorrogados. E pensamos apenas na sobrevivência do negócio. Para isso, começamos a cortar gastos e diminuir os custos”, explica.

Ela ainda ressalta que foi preciso tomar decisões assertivas para se manter nessa pandemia, como terceirizar a produção de sorvetes, trocar o sistema da loja por um gratuito, negociar as taxas e antecipações de pagamentos de cartões. “Priorizamos as pessoas que moravam próximo e não necessitavam de transporte público para contratá-los, por 2 motivos: diminuir custos e evitar que o funcionário tivesse contato com o transporte coletivo na pandemia”.

O casal elucida que conseguir reduzir os custos, foi fundamental nesse momento, principalmente, porque tivemos que aderir ao delivery, os custos com embalagens e as taxas das plataformas, são bem altas. Assim, conseguimos ter um equilíbrio. Graças a Deus, eu não posso reclamar, conseguimos manter as despesas da operação em dia e mesmo com todos os impactos da pandemia no comércio, ainda conseguimos fechar o ano de 2020 com lucro”, rememoram animados.

A empresária Ruana Coutinho trabalha no ramo de alimentação e também faz parte do time, Filhas de farani, ela conta que teve desde cedo um incentivo a mais para o lado empreendedor. Segundo ela, “empreender aconteceu naturalmente na minha vida, quando pequena acompanhei a jornada empreendedora da minha avó, aprendi muito com ela. Comecei a aproveitar oportunidades para fazer um dinheirinho extra logo na escola, vendendo pulseiras, perfumes e roupas. Posso dizer com clareza que empreender está no meu sangue e eu empreendo com paixão!”.

Ruana não se intimidou pela crise e continua seguindo firme com os sonhos e projetos empreendedores. Para driblar este momento incerto e não deixar de ter sucesso profissional, a empreendedora deixa a dica: “um fluxo de caixa recorrente e planos para gerenciar os momentos de crise. Se o movimento cai, eu sempre tenho uma carta na manga para contornar a situação”.

Sem medo de tentar

A embaixadora, Juliana Nóbrega, foi além e decidiu aumentar seus negócios em meio à crise. “Formalizei meu escritório de advocacia. Hoje, eu o considero uma empresa. Eu pago impostos, tenho contabilidade, contrato funcionários, invisto em publicidade e marketing, tenho um tempo para analisar o crescimento, tomar decisões mais estratégicas e tantos outros aspectos que uma empresa também possui”, revela.

Para conseguir manter, e também aumentar a receita, Juliana tem investido no marketing digital. “Um marketing mais estratégico voltado para o público que quero atingir: os (as) empreendedores (as). Para ajudar nisso, fundei o canal no YouTube, “Simplifica, Ju!”, onde simplifico o mundo jurídico para pequenos negócios. O principal objetivo é ajudar os pequenos negócios e empreendedores (as) a se estabilizarem durante a pandemia”.

Ademais, ela tem conseguido atuar em todo o país, já que o atendimento é 100% online e especializado para processos extrajudiciais. “Quando há necessidade de ingresso no judicial também não há com o que se preocupar, já que todos os processos judiciais são virtuais, inclusive as audiências”, diz.

A advogada almeja ir mais longe no mundo dos negócios. “Quero mais. Ainda não cheguei onde desejo. Quero posicionar bem o meu escritório e investir mais no meu conhecimento em negócios, para que a minha atuação seja completa”, acresce a advogada.

Fontes: Ana Karoline Andrade, gestora na área alimentícia, empreendedora e fundadora do Grupo Filhas de Farani. Patrícia Sena, contadora anjo e embaixadora do Filhas de Farani. Catia Martiniano, empresária e embaixadora do grupo (@filhasdefarani).

Imagem: Divulgação – Assessoria de imprensa

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Redação Rio Notícias

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